quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Marquês de Sade


“Só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem perigo.”
Marquês de Sade



 Creio que muitos não o conhecem, mas as suas idéias permissivas e as suas criticas a sociedade urbana no século do iluminismo são incrivelmente interessantes. Seu nome era Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade. Ele foi um aristocrata Frances e escritor libertino. Do seu nome Sade é que vem o termo sadismo, que significa perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro. Sade era ateu e fazia apologia ao crime e tinha como lei universal o egoísmo. Foi o primeiro a ter uma visão moderna da homossexualidade, na qual ele defende as mais variadas orientações sexuais para a humanidade e era contra a moralidade e a religião.
Ninguém em sã consciência admiraria um personagem real e maldito como Sade. Ficou quase trinta anos preso por suas idéias e por seu comportamento sexual. E durante esse tempo escreveu a maioria de seus contos, proibidos, onde ele era livre para criticar a monarquia, os revolucionários, fantasiar desejos com a prática de incestos, sodomias e homossexualismo e principalmente zombar da moral divina.
O que necessariamente me chama atenção na história de um homem pervertido e louco que ficou preso em um “hospício”, que era venerado por alguns e odiado por muitos? Talvez, a audácia e coragem de se opor a todas as regras de uma sociedade conservadora. Para mim os contos e histórias de Sade fazem parte da contemporaneidade. Os crimes de sodomia, sexo e estupro entre pais e filhos ou entre irmãos, abusos de lideres das igrejas em tais épocas e todas as obsessões e imoralidades que eram praticadas, (não com tanta freqüência) e abafadas pela hipocrisia, hoje acontecem frequentemente, embora a sociedade não seja mais tão hipócrita para permanecer com olhos e boca fechados. 
Sim, Sade foi um pensador indecente que plantava a semente dos princípios satânicos e adorava a natureza do ser próprio. Um de seus crimes que mais me chamou atenção foi a tortura de uma moça, na qual fez cortes em sua pele e entre os cortes pingou cera derretida e justificou seu feito com a teoria do homem egoísta, mas, as suas obras serviram de base para o conhecimento da psicopatia sexual (Psychopathia sexualis) de Kraft-Ebing, onde incluía o sadismo e foi utilizada diversas vezes por Freud e seus seguidores.
Apesar de tudo o marquês  foi um pensador!
“Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos.”
“Marquês de Sade”

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