terça-feira, 10 de janeiro de 2012

São três lados 
três jeitos
três vidas e tempos 
três vazios e espaços
 são três chances.
Três tipos de melodias
 três lugares,
 três diferentes símbolos 
que insistem em subtrair de mais em mim.
São três gostos 
dois sabores distintos
 dois caminhos passados e uma estrada.
Um sofá e os olhos certos,
 um luar e o sorriso,
 um chão e quem sabe
 sinônimo de dúvidas.
Três letras,
 três talentos
três partes que consomem certezas
três motivos para esquecer
um para tentar viver.
Três lados
três fases
três dias
três anos
três tempos
três pedidos e nenhuma chance.
São três lados
três luas
três barcos e eu o mar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Constante

O brilho que não vejo mais em teus olhos
canções que me prenderam em ais, me cegaram
e a paz que só encontrei quando te perdi.
É a constante da vida que me embala e ensina a perdoar e amar
a tropeçar e a retirar as pedras
pra curar, sarar e transformar
sentimentos em verbos e verbos em versos.
Seu sorriso e beijos que não sinto mais
o gosto do abraço e cheiro molhado no escuro
ausente presente no tempo da gente
que a água molhava e calava o silêncio em odio e rancor.
Mas sorte da gente que a constante da vida e do tempo
seja a lição de perdoar e amar e esquecer e se entregar
a novos gestos e afagos
 uma nova forma de brilhar
e brilha seus olhos nos meus por lembranças
do que a vida nos fez passar.