domingo, 11 de maio de 2014

Em antônimos

"Esse asco que entra aos poucos por meu sangue lava minha alma
decresce meu ser   em insignificância e me endurece.
Todo pirronismo que encharca descaradamente meu corpo 
ouriça a pele pilosa e me excita.
descarada picardia.
E você estulto  me esmadriga de ti.
Me obriga a desistir e
Me abstenho em te amar."

"...ME FALTA EMOÇÃO..."

Peça

Quem lê os seus lábios?
Com quem você divide suas fotos?
Quem compartilha dos seus medos e desejos?
Com quem você troca risos?
Quem  invade seus sonhos?
Com quem você divide seus segredos?
 
Eu não faço parte de sua vida, 
não conheço seus dias,
não ouço seu sorriso 
nem compartilho dos mais divertidos olhares.
Não sou eu quem fica com as fotos
ou com a atenção e cuidado
não sou eu quem conheço seus passos 
e nem eu quem lê os seus lábios.

Quem sou eu?

Participo como coadjuvante 
andando perdido pelo anfiteatro 
esperando o protagonista te pegar no colo 
e te conduzir a uma dança no palco.
Participo como um servente que 
te serve organização e um perfeito compasso,
mas no final, me escondo entre as pilastras do teatro.

Nota*

"E eu o amo como se só existisse ele no mundo,
aceitando os defeitos e a incapacidade 
que só ele tem em se recusar a mudá-los
mas meu medo em loucura 
é que eu mude e 
me transforme num monstro disperso 
que recusa a si próprio 
pra viver a vida que é do outro.
Estando apenas presente, não sendo parte."

sábado, 10 de maio de 2014

Nota



"Possessão, é a patologia dos pais,
psicopatia dura de uma vida de falas tão mansas que soam como nuvens leves, vazias.
possessão é a patologia da carência dos filhos
psicopatia da dependência de um cordão umbilical para nutrição e desenvolvimento.
Doença.
É essa patologia que mata e destrói relações a dois.
Me mata."