quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dias de Lua cheia


Primeiro dia:
Ela estava apenas adimirando, gostava de ver e ouvir.
Era uma avaliação.
Foi a primeira noite de lua cheia.

Segundo dia:
Acontece o odiado e esperado desejo.
Ela diz que sempre passa, mas o dia foi longo e a noite
não a ajudava a fazê-la parar de pensar.
A lua continuava brilhando e despejava a luz de sua beleza fazendo
com que ela apenas imaginasse, lembrasse e quisesse mais.
A pergunta era: Mais do quê?
Ela não rspondeu. Não tem  o costume de responder as próprias.
Foi a segunda noite de lua cheia.

terceiro dia:
letras... palavras... melodias... músicas...
"Clima"... Clima?
Ela não queria encarar as coisas desse modo tudo se resumia
a relances de fotografias vivas a dois.
Confuso eu diria,
mas hoje ela estava muito mais próxima do seu próprio desejo.
Foi mais uma noite.
E  ela sabia que o arrependimento das palavras que não foram ditas iria persegui-la.
E perseguiram

Quarto dia:
Quando o fuso horário atrasa horas e parece que a pilha do relógio do tempo acaba,
e as incertezas tornam-se certezas diante de cituações predominantes, é que se pode abrir
os mesmos olhos e ver o inevitável.
ela descobriu que suas palavras seriam inúteis e que o desejo é a mentira da inocência.
Ela rasga a última pagina da caderneta e  risca o calendário
Ela não viu a lua esta noite.

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