sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Nota: Sobre as ilustrações de Sebastião Peixoto



"O amor que arrancou o coração, este que agora divaga dilacerado por entre os cadáveres do desgosto."
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/08/as_ilustracoes_de_sebastiao_peixoto_para_degustar.html#ixzz1XVK9T2kD

Poucos entendem meus lamurios sobre a vida e o amor e o elo que há entre a escrita e as pinturas. Sempre quis demonstrar isso em vários de meus quadros e em meus textos, mas é meio complicado expor tudo isso aqui no blog (mesmo com os 100 textos que eu mantenho escondidos em arquivos).
Sim, eu acho o amor Lindo e sei que ele existe, mas no decorrer da vida os tombos e as obscuridades, complexos, sadomismos, humores e ironias, figuras, tudo se "confunde em uma confusão"
O artista Sebastião Peixoto conseguiu expor as mais profundas pinturas que eu já vi.
A mais bela matéria da Obvious que eu li desde que acompanho o site.

Nota

"A gente tenta chegar até o alto com nossas mãos para apalpar o vento. Tentamos salvar o importante de um novo dia. Vivemos o presente visando um futuro melhor. Mas as sombras de tudo o que foi dito e feito ainda corre pelas artérias. Se perdemos uma lembrança entregamo-nos a morte, esperando por uma reencarnação maldita e egoísta para concertar o que achamos que fizemos de errado. Não podemos tocar o vento nem esquecer o passado, mas podemos superar todos os momentos difíceis. Ter fé num mundo cético é coragem para "fracos", porque os fortes estão morrendo  em uma ignorância intelectual sem respeito pela razão."

Visão

Só posso te ver com os olhos fechados,
Te ouvir tão rapidamente no silêncio e
 Te sentir nas ondas de maior frequência.

Só posso te ligar quando desconsidero meu tamanho
Diminuindo-me aos joelhos
Em posição de servo.
Quando estendo minhas mãos  para apoiar
Pesos maiores que os meus,
Quando meu corpo padece no frio
Por tecer minhas roupas noutros.

Ah a beleza de tempestuosas labaredas enfeitando as águas.
Elas voam em torno do sol, molhando de vento o luar
E pobre espectador rico que sou,
Apenas por ver com estes meus olhos tua beleza.
Transformo-me em pó, o pó da terra, para ser revestida e transformada.

Dai em diante colam-me abertos os olhos para não mais
Deixar de ver-te.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Omitindo

Vamos voltar a ativa! Como eu disse o blog continua,
e para recomeçar uma  lembrança de pensamentos da manhã:

Vamos fingir que podemos por cinco minutos:
Eu posso tocar seu rosto e mergulhar em seus olhos
Sentir seu cheiro e beijar seu gosto


Quero fingir que podemos mais uns minutos:
Jurar que não existe distância 
E fazer das diferenças indiferentes
Sentir sua pele de sussurros quentes


Deixe-me fingir de "verdade" os sonhos 
e acordar dos pensamentos.