sábado, 23 de novembro de 2013

domingo, 17 de novembro de 2013

Amásia


Esse seu mundinho feito a mão não me convence da beleza da vida, 
essa sua facilidade de cozinhar as dificuldades para que os serviçais a comam como sobremesa, 
toda essa grandeza de saber o quanto seu poder é superior e toda essa segurança que te rodeia, nada disso me convence. Nem me agrada.
Essa ilusão de que sua comida é mais gostosa e seu dinheiro mais precioso que a vida...
Os pratos sujos e os seus abusos, a mordaça com que você calou a voz dos pequenos
todo seu ritual de latir o nome do Dono de tudo, só pra manter o véu da sua hipocrisia  
Todo seu esforço em solidificar as mentiras, nada disso me agrada.
As grandes oportunidades que você usou para gozar do sangue jugular dos seus malfeitores 
e toda aquela carne frita que o seu antropofagismo comeu...
Nada disso me agrada grande cadelinha, nem condiz com a vossa  realidade santíssima.
Sua vidinha suja mostra apenas como é condenável sua visão de moldar a vida. 
E por toda nação, cadelinha, você será arrastada pelo rabo e queimada viva pra ferver todo o sangue que você bebeu  em seus cálices por milhões de séculos. 
Lágrimas suaram por todo seu corpo e de sua língua sairão as palavras mais ditas pelo senhor do número secreto. Todas em desgraças. 
E eu não clamarei por você minha gracinha.
Vou estar mais despreocupada, cantando junto com as águas.
Particularmente não vou lembrar de que em você nada me agrada. 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A licença do Pretérito


Retiro minhas palavras sobre deixar vir a criatividade 
fluir o que minha mente cria tem significado terrorista, 
as vezes prejudicial a mim mesma
as vezes prejudicial ao mundo o que é muito positivo aos meus olhos 
então guardo arduamente esse novo-antigo sentimento,
 o qual não tenho palavras pra descrever.

E por falar em palavras, percebi que sempre as escrevo no passado,
como se ele sempre fosse mais importante do que o agora e isso, Santo Cristo, é psicologicamente histérico.
Mas que seja um detalhe porque sempre escrevemos em um passado 
não somente eu, mas toda oração dos poetas. Sim, eles conjugam no pretérito.
comi, 
bebi, 
fiz, 
olhei, 
rasguei, 
sonhei, 
pintei, 
busquei, 
quebrei, 
abri, 
fechei, 
matei, 
feri, 
saí, 
caí, 
partira, 
fizera, 
morri, 
morrera, 
ontem, 
ano passado, 
horas atrás....
A licença poética me balança unicamente a perceber que o presente é esse e apenas esse no qual eu escrevo, e o futuro será o que eu for fazer após sair daqui.
O meu acordar num dia em uma hora definida é o meu presente e o acordei já é conjugado melhor na hora a seguir.
Impossível não conjugar por um momento o tempo mais vívido e morto em mim, porque o que eu vivo agora é meu, e fica,
mas o que passou eu não quero mais e precisa sair. 
E sai. 

Um tempinho


"Todas essas conversas novas estimularam a minha vida

e  esses sentidos loucos que carregam e anulam a minha sabedoria
traduz essa loucura de viver                                                           uma vida. 
                                                        Uma parte da minha                                                                       criatividade quer voltar.
                                                           Eu vou deixar."