terça-feira, 15 de março de 2011

Os três erros e a Penumbra


Estive de frente com os três motivos para me afastar.
O primeiro: amei de forma errada
O segundo: demonstrei amor da maneira errada
O terceiro: tentei corrigir os erros sozinha

Não sei o que deixei de viver por estar longe.
Não deixei a saudade me torturar
Somente a culpa pela omissão falava,
 Sua voz mansa acusava em meus ouvidos:
Infiel, infiel...
O medo de ser julgado também me empurrava para um abismo.
Sem líder, sem força e tentando caminhar sozinha.
Por muitas vezes enxerguei a chama que brilhava de dentro, refletir no espelho,
Mas os espelhos são vazios.
Perdi o brilho dos olhos e sorriso de doce.
Não leio, não desenho, nem canto, nem escrevo.
Estou sentada num tronco seco, colada aos violinos quebrados no chão.
Perdi o grande tom infantil da fala. Calada.

E  apenas o desejo da confissão para um superior amado, restaurará os estragos causados não somente por mim, mas pelo conjunto das dinâmicas em comunhão com velhas, falsas e longas esperanças de que o ontem do hoje é desnecessário para o amanhã.

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