sexta-feira, 4 de março de 2011

Convivendo Com a Teoria do Caos

"Qualquer mudança por menor que seja, no inicio de algum evento pode trazer grandes consequências desconhecidas no futuro."

É basicamente isso que diz a teoria do caos.  Antigamente meu interesse era na teoria das cordas, algo que ainda martela em minha mente; não entendo isso facilmente. Mas a teoria do caos se encaixa perfeitamente em minha vida de um modo claro.

Penso em como teria sido se eu não tivesse desistido da faculdade pra cursar um curso técnico. Amo o que eu estudo e me sinto realizada nessa área, mas e como seria se não houvesse os problemas que me afastaram da faculdade?
O que teria acontecido se meu irmão de apenas três anos na época, não estivesse morrendo por causa de meningite?  Por que os médicos irresponsáveis só descobriram o que ele tinha de depois de um mês, enquanto levávamos ele todos os dias aos hospitais e não havia um competente para fazer exames corretos? Minha mãe pedia aos médicos que eles fizessem o teste para meningite, porque ela era enfermeira e ela sabia o que ele tinha e os mesmos doutores a chamavam de louca.

Tais motivos entre outros me afastaram da faculdade... Eu não suportava ver meu irmão tendo convulsões e delirando, nem ver ele sem andar, sem comer, sem falar. Ele só tremia.  Não dava. Preferia mil vezes eu que estivesse naquela situação, eu pedia todos os dias a Deus pra que no lugar dele fosse eu quem estivesse doente. Mas Deus foi bom por ter colocado no caminho da nossa família uma antiga amiga da família, doutora, e um taxista que nunca vimos na vida.

Graças a Deus uma nova equipe de médicos pegou o caso do meu irmão, descobriram a doença e ele sobreviveu, sem sequelas.
Mas já era tarde. Eu já tinha um mês sem ir as aulas, então saí. Sai da faculdade, entrei em um técnico, perdi milhões de vagas de estágios para jornalismo e estou no caminho do CRQ.

Enquanto agradecemos ao Senhor por ter ouvido nossas orações e ter livrado meu irmão da morte, ainda sentimos o que essa mudança inesperada causou em nossas vidas até hoje. Na minha vida, na vida de minha mãe, de meu padrasto, minhas tias e avós.

Ainda tenho esperança de que a teoria do caos em minha vida não dê motivos para o surgimento do efeito borboleta. Mas em todas as coisas tenho fé em Deus. Fé de que o que vier a acontecer o Sangue do Senhor Jesus estará sobre nossas vidas e que Ele estenderá suas mãos nos momentos de angustias, como tem feito até hoje.

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