domingo, 17 de novembro de 2013

Amásia


Esse seu mundinho feito a mão não me convence da beleza da vida, 
essa sua facilidade de cozinhar as dificuldades para que os serviçais a comam como sobremesa, 
toda essa grandeza de saber o quanto seu poder é superior e toda essa segurança que te rodeia, nada disso me convence. Nem me agrada.
Essa ilusão de que sua comida é mais gostosa e seu dinheiro mais precioso que a vida...
Os pratos sujos e os seus abusos, a mordaça com que você calou a voz dos pequenos
todo seu ritual de latir o nome do Dono de tudo, só pra manter o véu da sua hipocrisia  
Todo seu esforço em solidificar as mentiras, nada disso me agrada.
As grandes oportunidades que você usou para gozar do sangue jugular dos seus malfeitores 
e toda aquela carne frita que o seu antropofagismo comeu...
Nada disso me agrada grande cadelinha, nem condiz com a vossa  realidade santíssima.
Sua vidinha suja mostra apenas como é condenável sua visão de moldar a vida. 
E por toda nação, cadelinha, você será arrastada pelo rabo e queimada viva pra ferver todo o sangue que você bebeu  em seus cálices por milhões de séculos. 
Lágrimas suaram por todo seu corpo e de sua língua sairão as palavras mais ditas pelo senhor do número secreto. Todas em desgraças. 
E eu não clamarei por você minha gracinha.
Vou estar mais despreocupada, cantando junto com as águas.
Particularmente não vou lembrar de que em você nada me agrada. 

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